sexta-feira, 29 de julho de 2011

A pílula do dia seguinte

Vamos falar da contracepção de emergência, a tão famosa pílula do dia seguinte.

Deve ser um método de uso ocasional, decorrente de relação sexual não protegida e inesperada. Não deve ser utilizada com rotina pois pode levar a sangramentos vaginais irregulares, náuseas, vômitos , descontrole dos ciclos e, principalmente por ter eficácia reduzida em relação a outros métodos anticoncepcionais.

Quanto mais precocemente for tomada pós relação, menor o índice de falha.

Se ingerida até 72 hs o índice de eficácia chega a 98%.O modo de ação é multifatorial, interferindo na ovulação, no transporte de espermatozoide pelas trompas, alterando condições no endométrio (camada interna do útero que descama na menstruação), impedindo com isto a fecundação. 
Ou seja não é abortivo.

Seu uso não traz problemas de fertilidade futura ou danos a saúde, e na falha ocorrendo gravidez, não aumenta porcentagem de malformações do nenê.

Os produtos comerciais a venda no País, tem como base o hormônio levonorgestrel, em apresentações em dose única ou em dose para ser tomada em 12/12 horas. Outra opção é o uso de pílulas anticoncepcionais com composição hormonal alta (comum em marcas antigas, ainda a venda no mercado) durante 3 dias. Sim, o levonorgestrel é o mesmo hormônio que compõe pílulas tradicionais, usadas há décadas, o que nos garante conhecimento da substância.

Finalizando, trata-se de ótima alternativa para ser usada em relação sexual não protegida, não programada, em suspeita de falha de método como camisinha masculina ou feminina e, também em casos de paciente pós violência sexual.

Como esse é um assunto que costuma gerar dúvidas e uma certa insegurança não hesitem em me escrever!

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